Ed. 85 - O Fedor da Maconha de Manhã
Toda dependência química começa com "uso recreativo". Ninguém fuma o primeiro baseado planejando se tornar viciado.
O Fedor da Maconha ao Amanhecer
A descriminalização das drogas volta ao debate. Drogas – maconha em especial – fazem parte da “cestinha ideológica” que todo militante progressista é obrigado a carregar e defender. Não me perguntem por que a esquerda tem essa obsessão por entorpecentes. Não há exatamente uma explicação - apenas hipóteses.
Uma delas é a ampliação da política de pão e circo para pão, circo e maconha. Outra hipótese é que a defesa das drogas serve como ferramenta de recrutamento de jovens – assim a esquerda se apresenta como “descolada” em oposição à direita careta. Ou talvez a obsessão da esquerda por drogas seja apenas uma extensão natural da simpatia que os progressistas nutrem por criminosos, sempre caracterizados como oprimidos ou potenciais revolucionários.
É evidente que a defesa das drogas nada tem a ver com liberdade. Não há forma maior de degradação do que a dependência química. O fato é que, para tristeza dos progressistas e felicidade geral da nação, a maioria da população brasileira rejeita drogas. Provavelmente 99% dos pais e mães desejam que seus filhos nunca cheguem perto de drogas. A razão é óbvia, e conhecida mesmo – ou principalmente – pelas pessoas mais humildes: drogas são o caminho da dependência, dos distúrbios psiquiátricos, do crime e da pobreza.
Ninguém decide começar a consumir maconha pensando em sucesso profissional ou estabilidade familiar. Ninguém diz: “vou cheirar uma carreira de cocaína porque isso aumenta minha chance de ter uma vida próspera e bem-sucedida”.
A defesa da “descriminalização” – ou “liberação”, ou “regulamentação” (esses termos são usados de forma intercambiável e sem qualquer compromisso com significado) – usa argumentos improváveis que não resistem ao mais leve exame. Um desses não-argumentos diz que, quando se trata a droga como um crime, os pobres são os maiores prejudicados. É uma afirmação grosseiramente equivocada, de fundo populista e preconceituosa. A maioria dos pobres nunca usou drogas - pelo contrário. É seguro dizer que, quanto mais humilde a pessoa é, maior a chance dela rejeitar o uso de drogas.
Alguns políticos não enxergam isso. No debate sobre a PEC antidrogas, um senador da república teria dado a seguinte declaração:
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